Bet aponta soluções para quebra no mercado de apostas online

Com a recente pandemia, 80% do mercado das apostas desportivas quebrou, inevitavelmente, devido à cessão de quase todos os campeonatos desportivos.

Numa entrevista à Lusa, Pedro Garcia, diretor de marketing da Bet.pt constata que “O mercado apresentou sinais positivos no início do ano, nomeadamente em janeiro e fevereiro, e prevíamos um ano de crescimento no setor. No entanto, com a pandemia, em meados de março, e a suspensão de praticamente todas as competições de desporto a nível mundial, até maio, acabámos por verificar uma quebra de cerca de 80% ao nível das apostas desportivas”.

No entanto, a recuperação tem vindo a ser gradual com o começo do campeonato alemão a dar o pontapé de saída para a normalidade. Quando a liga portuguesa recomeçou, em junho, foi notado automáticamente “um aumento no volume das apostas”.

Mesmo assim, ainda há trabalho a fazer para que a oferta seja alargada e haja uma maior recuperação das receitas perdidas. O responsável da Bet.pt apela ao Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos para a introdução de novas modalidades de aposta como “e-sports, eventos virtuais, fantasy sports ou jogos de casino ao vivo”, não só para alargar a oferta mas também como forma de “combater operadores ilegais”.

Pedro Garcia explica: “Estes operam à margem da lei, conseguindo oferecer preços mais competitivos e produtos que as empresas legais não podem oferecer. Não são tão rigorosamente controlados como os operadores licenciados em Portugal e, por isso, também não cumprem os requisitos de jogo responsável e proteção de menores”.

A existência de operadoras ilegais, não só põe em causa a segurança dos seus jogadores, mas também provoca “uma quebra na indústria do futebol no nosso país. Estamos a falar de patrocínios, receitas e muitas outras ações que ficam em causa”.